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Executivo Jurídico pode ser CEO?


Essa semana no Jurídico de Saias tivemos uma live muito especial e repleta de #insights importantes com a Erica Barbagalo e Angela Pegas tratando da grande possibilidade de CEO’s de Empresas saírem de um cargo de gestão de departamentos jurídicos. Erica Barbagalo contou para nós como foi sua experiência quando assumiu o cargo interinamente na Bayer, o que foi muito inspirador e motivador. E a Angela Pegas, da Egon Zehnder, trouxe diversas características e dados necessários para quem tiver interesse nessa posição.

É fato que à medida que o cenário empresarial continua a evoluir, o tradicional papel do departamento jurídico está passando por uma transformação profunda e necessária. Por muito tempo rotulados como o "departamento do não", os advogados internos agora estão se destacando como facilitadores de inovação e estratégia, desempenhando um papel vital no sucesso global das empresas.

Historicamente, esses departamentos muitas vezes operaram nas sombras, recebendo menos atenção do que outras áreas de negócios. No entanto, isso mudou e evolui cada dia mais e de forma rápida à medida que sua importância e impacto se tornam mais evidentes.

Desafios complexos e a crescente influência da tecnologia estão impulsionando os advogados internos a expandirem seu escopo e assumirem novas responsabilidades em áreas cruciais, como compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG).

A adoção crescente de tecnologias está revolucionando a forma como os departamentos jurídicos operam. Eles estão se tornando verdadeiros depósitos de informações empresariais, capazes de coletar diversos dados, desde a utilização eficaz do portfólio de propriedade intelectual até o monitoramento de litígios em curso.

Essa metamorfose está permitindo que os advogados internos abordem a gestão de contratos de maneira mais abrangente, indo além da simples negociação e intervenção no final do processo. Agora as áreas jurídicas inteligentes analisam riscos contratuais específicos para diversos tipos de clientes, fornecendo insights estratégicos importantes.

A mudança não é apenas tecnológica, mas também cultural. Os departamentos jurídicos estão se tornando participantes ativos nas decisões de negócios, orientando estratégias e ajudando a moldar iniciativas relacionadas a diversidade, ESG e questões sociopolíticas. Além disso, importante a colaboração com outras áreas, integração de processos, centralização de dados, uso de métricas, transparência e alinhamento com os objetivos do negócio, além de uma gestão proativa de riscos e o desenvolvimento de talentos.

Anos atrás esses temas não estavam no arcabouço dos departamentos jurídicos. E essas competências que hoje são exigidas das áreas jurídicas, também é exigida de executivos que assumem cargos de CEO nas companhias.

Óbvio que esta transformação dos departamentos jurídicos não é isenta de desafios. A integração de dados legais com outras partes do negócio requer esforços coordenados e tecnologias avançadas, como a automação de processos robóticos, para garantir análises cada vez mais precisas e informadas. Vai muito além de implementação de ferramentas digitais. Importante uma abordagem abrangente para melhorar processos e colaboração.

Em última análise, essa transformação está redefinindo a função dos departamentos jurídicos, tornando-os parceiros estratégicos essenciais nos negócios e impulsionando o sucesso geral das empresas. Como resultado, a possibilidade de CEO's vindos de origens jurídicas é uma realidade forte, impulsionada pela convergência de habilidades e competências exigidas atualmente.

E você, como advogado, já considerou a possibilidade de assumir a cadeira de CEO?

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