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O que 2023 exigirá das lideranças corporativas?


O ano de 2022 foi muito agitado no Brasil e no mundo. Por aqui, sentimos múltiplos impactos geopolíticos da guerra na Ucrânia, vivenciamos desastres relacionados ao clima, passamos por eleições, sofremos com a alta dos preços em razão da inflação e, agora, vivemos as emoções de uma Copa do Mundo muito peculiar e controversa no Catar.

Porém, mais fora dos padrões ainda é pensar que esse cenário sufocante sucedeu os dois primeiros e dolorosos anos de pandemia, da qual ainda não saímos completamente, mas temos certeza de que, após seu advento, nunca mais seremos os mesmos. Assim, ter uma cabeça mais aberta para entender essas mudanças neste período de renovação e transição para 2023 é fundamental. E a experiência que tive no Clube Normalize+ Leituras, Edição Líderes em Obra, me colocou em contato com ideias e ferramentas relevantes para que enfrentemos os desafios que vêm por aí.

A primeira edição que aconteceu neste ano de 2022 e durou sete meses, abrangeu leitura de livros, debates, palestras e troca de experiências sobre gestão e liderança, oportunamente alinhados com a reestruturação do trabalho decorrente dos desdobramentos da Covid-19 – efeitos esses que atingiram não apenas o mercado, com a proliferação do trabalho remoto, por exemplo, mas também o comportamento das pessoas, que passaram a questionar com mais profundidade como querem trabalhar e o espaço que suas atividades profissionais ocupam na vida.

Pensando no próximo ano, alguns pontos devem ser destacados: 2023 exigirá líderes corporativos mais atentos, humanos, com empatia e sensibilidade o suficiente para a gestão de pessoas. Além disso, reter talentos será fundamental em um cenário ainda marcado por incertezas econômicas e com novos fenômenos laborais como o “quiet quitting”. Compreender as dinâmicas da equipe a partir das necessidades de cada colaborador, portanto, é imprescindível para que essas conquistas se realizem.

Outro ponto que temos tratado com profundidade ao longo do projeto é a flexibilidade na execução do trabalho. Após constatar-se a viabilidade do “home office”, bem como de suas variações híbridas, o grande desafio das lideranças é conseguir, mesmo distantes, estarem em sintonia com os colaboradores, estimulando e preservando o engajamento. E esse movimento que tanto se busca aperfeiçoar nas dinâmicas do trabalho é chave para a motivação da equipe.

A motivação retém talentos e certamente é um diferencial estratégico para as companhias. Quando estamos felizes no trabalho, temos maior sensação de pertencimento, confiança, valorização, nos sentimos realizados e queremos só crescer. Além disso, a conquista dessa plenitude no ambiente profissional só é possível quando a diversidade e inclusão são promovidas por meio de políticas e programas internos. É comprovado que organizações que concretizam propósitos de equidade são mais criativas e impactam o mercado e a sociedade de forma mais significativa.

Mais um tema importante, que devemos nos atentar, é a saúde mental. Líderes devem criar relações com espaço para a vulnerabilidade. Relações maduras e humanizadas, que dão margem ao diálogo respeitando o grau de sensibilidade e a privacidade dessas interações, garantem relações saudáveis no trabalho. E aqui retornamos à necessidade de os gestores aprimorarem continuamente as habilidades de comunicação, adaptabilidade, empatia, flexibilidade e gestão de tempo. É importante desenvolver uma cultura de inovação, claro, mas ao lado de uma mentalidade de constante aprimoramento interpessoal. Esse equilíbrio, sim, será o grande diferencial das empresas.


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